Um mergulho profundo na relação entre autovalor, cultura e a capacidade feminina de permitir e receber prosperidade.
Introdução
Quantas vezes você já se perguntou se realmente merece aquilo que deseja? Quantas vezes, mesmo trabalhando duro, você sentiu que não é suficiente? Essa sensação, quase invisível, mas constante, tem nome: merecimento.
Mais do que uma questão racional, o merecimento é uma construção emocional e cultural que afeta diretamente a forma como as mulheres se enxergam, se posicionam e recebem da vida. Ele é o filtro por onde passa a capacidade de desejar, realizar, amar e prosperar.
A origem do bloqueio do merecimento
Muitas mulheres cresceram ouvindo que “não se deve querer demais”, que “quem muito quer acaba sem nada” ou que “é melhor agradar do que incomodar”. Essas falas aparentemente inofensivas moldam profundamente a relação com o próprio valor.
O peso da cultura e da educação
Na base do comportamento feminino, há uma herança cultural que ensina mais sobre serviço do que sobre autoexpressão. Aprendemos a cuidar, a doar, a colocar o outro em primeiro lugar. E, ao fazer isso por tempo demais, muitas mulheres se esquecem de si mesmas.
Esse esquecimento gera um efeito silencioso: a desconexão com o merecimento. A ideia de que não basta ser. É preciso “fazer muito” para ser digna de algo. Isso cria uma espiral de autossabotagem, onde o sucesso causa culpa, o descanso gera ansiedade e o reconhecimento parece um excesso.
Merecimento como permissão interna
Sentir-se merecedora é mais do que ter autoestima. É permitir. Permitir-se desejar, permitir-se receber, permitir-se ocupar espaço, permitir-se ser vista.
O ciclo da permissão
1. Reconheço o que quero.
2. Me permito desejar.
3. Acredito que mereço.
4. Me coloco em movimento.
5. Recebo sem culpa.
Muitas mulheres travam logo na segunda etapa. Elas reconhecem o que querem, mas travam no desejo. Acham que estão sendo egoístas, que vão desagradar, que vão ser vistas como “metidas” ou “ambiciosas demais”. Esse medo é cultural. E precisa ser curado com consciência e coragem.
Os sintomas da falta de merecimento
– Dificuldade de precificar seu trabalho
– Culpa ao receber elogios ou presentes
– Medo de se destacar
– Sensacão constante de que precisa provar algo
– Autoexigência extrema
Esses são sinais claros de uma relação fragilizada com o merecimento. Eles aparecem nas relações, no trabalho, nas amizades, no cuidado com o corpo e nos limites que você coloca (ou não).
Cultivando o solo do merecimento
1. Reescreva sua narrativa
Repare nos pensamentos automáticos que surgem quando você pensa em algo bom acontecendo com você. Você se permite sonhar? Ou logo vem um “mas…”?
Substitua:
- “Não sou boa o suficiente” por “Estou em constante evolução.”
- “Isso é demais pra mim” por “Eu mereço experiências incríveis.”
- “Preciso fazer mais” por “Ser quem sou é suficiente.”
2. Cerque-se de espelhos positivos
Mulheres que se sentem merecedoras inspiram outras a sentirem o mesmo. Observe quem você tem ao redor. Busque ambientes onde você possa ser reconhecida, acolhida e valorizada sem precisar provar nada.
3. Pratique o receber
Simples assim. Quando alguém te elogiar, diga “obrigada”. Quando te oferecerem ajuda, aceite. Quando o universo te entregar algo bom, respire e diga: “Eu mereço”.
O Feminino Pleno como campo de merecimento
O Feminino Pleno é um lembrete constante de que você é suficiente, digna, inteira. Aqui, você não precisa provar nada, nem se adaptar a padrões inalcançáveis. Aqui, você é convidada a reconectar com sua essência e a cultivar uma nova relação com a abundância.
Merecimento é um estado de consciência. E pode (e deve) ser treinado.
Conclusão: você merece.
Tudo muda quando você muda a forma como se enxerga. Quando você entende que não precisa de permissão externa para se sentir merecedora.
A prosperidade que você deseja começa no seu sistema de crenças. E ele pode ser atualizado. Todos os dias. Com pequenos gestos, com novas palavras, com escolhas conscientes.
Hoje, diga pra si mesma: “Eu mereço ser feliz. Eu mereço prosperar. Eu mereço me sentir plena.”
Porque merecimento não é sobre conquistar… é sobre reconhecer o valor que já existe em você.
Talita Lemke