A ferida invisível da mulher que entrega tudo e, mesmo assim, se vê sozinha.
Ela é carinhosa. Presente. Leal. Companheira. Faz de tudo para o relacionamento funcionar. Planeja surpresas, está sempre disponível, se adapta, compreende, espera.
Mas, por algum motivo, ele se afasta.
E ela não entende. Ela se pergunta, em silêncio: “Se eu sou tão boa, por que ele se afasta?”
Esse artigo não é sobre culpa. É sobre consciência. Sobre a necessidade urgente de olharmos para esse vazio afetivo que muitas mulheres carregam mesmo fazendo tudo “certo”.
Quando fazer tudo certo não é suficiente
Muitas mulheres foram ensinadas a serem “boas” para serem amadas. Foram treinadas para agradar, entender, abrir mão, resolver, manter a harmonia.
Mas amor não nasce da perfeição. Nasce da presença, da verdade, da troca.
E o que acontece com a mulher que se doa demais é que ela desaparece dentro da relação. Ela some dentro da necessidade de ser aceita. E, sem perceber, perde sua voz.
E é nesse silêncio que muitas vezes ele se afasta.
Por que ele se afasta quando você se entrega?
- Você some de você mesma: Quando você se anula para caber, você não está mais ali. E conexão exige presença verdadeira.
- Você passa a mensagem de que você é “auto suficiente” no cuidado: Ele para de contribuir porque você faz tudo. E o amor deixa de ser troca.
- Ele sente que precisa fugir para se sentir livre: Quando uma mulher se doa demais, pode ativar no outro a sensação de sufocamento, mesmo sem perceber.
- A relação fica desequilibrada: Quanto mais você oferece, menos ele se sente responsável por construir junto.
A raiz profunda da pergunta “por que ele se afasta?”
Essa pergunta é um sintoma. E o que está por trás dela é ainda mais profundo:
- Uma autoestima fragilizada que precisa ser validada pelo outro.
- Um medo imenso de ser rejeitada.
- Uma ideia infantilizada de que amor se conquista sendo “boazinha”.
Você não está errada por querer amar e ser amada. Mas talvez esteja se perdendo na forma.
Como romper com esse ciclo
- Volte para si: Antes de agradar, escute o que VOCÊ quer. O que você precisa. O que você sente.
- Permita-se ser imperfeita: O amor de verdade não é por performance. É por presença.
- Diga o que você sente sem medo de perder: Se você precisa se calar para manter, você já perdeu.
- Pare de tentar ser suficiente para quem não quer construir com você: Amor é escolha mútua. E você não precisa convencer ninguém do seu valor.
Conclusão: a mulher que se ama é aquela que permanece inteira
Se ele se afasta, não é porque você não é boa o bastante. É porque talvez ele não esteja pronto para um amor de verdade.
E você está?
Você é inteira. Mas talvez ainda falte integrar partes do seu feminino que foram esquecidas, abafadas ou desacreditadas.
A mulher plena não é perfeita. Ela é inteira. Com sua luz, sua sombra, sua força e sua sensibilidade.
Esse é o convite do Feminino Pleno: voltar para si. Com mais presença, mais verdade e mais amor.
Bem-vinda de volta. 🤍